Improvisar uma música, ou um solo, a princípio significa você usar uma determinada escala (ou não) e construir uma melodia, de acordo com o que a banda está tocando, é algo um pouco difícil no começo, mas com bastante treino logo se torna hábitual, é interessante ter um grande entendimento das figuras rítmicas, isso facilitará, pra você entender o que sua banda e você estão tocando.
Improvisar não é apenas improvisar, é tocar algo que você não criou, é tocar algo no beat da música, o que as vezes é muito mais interessante, pois no ‘pulsar’ da música é muito mais fácil você criar um solo interessante, do que sentado no seu quarto, imaginando a base na qual você irá solar, por isso que a maioria dos guitarristas criam seus solos dessa maneira, improvisando, pois é uma situação real de música, um exemplo disso, Eruption do Eddie Van Halen que foi gravada acidentalmente enquanto Eddie se aquecia e virou um dos maiores solos de guitarra já feito até hoje em dia.
Uma coisa que eu falo sempre para os meus alunos, é que o improviso é uma simples conversa entre a harmônia e a melodia, e essa conversa tem que ser coerente!!!
Mas de que maneira!!!???
Simples... Quando alguem pergunta á você se você quer café, você tem que responder sim ou não, você não pode responder alguma outra coisa senão sua resposta ficará sem sentido, nessa conversa entre melodia e harmônia é a mesma coisa você como solista será de certa forma intimado pela harmônia, e você terá que responder, e responderá com uma melodia, então você tem que ser coerente com o que a harmônia está dizendo, se é um som calmo, diminui o drive, use notas longas, se é algo mais pesado...um metal por exemplo...ponha uma distorção forte, use melodias mais marcantes e mais fortes e assim por diante.
Fechando essa idéia, o grande objetivo de um improviso é fazer desse dialogo musical, um dialogo coerente.
É muito importante ouvir, e estudar diversos estilos musicais, isso ampliará seu vocabulário musical, podendo improvisar diversas coisas com êxito, e também...misturar coisas, quando improviso um blues, costumo usar algumas técnicas mais decorrentes do mundo do rock, como sweep, tappings, frases rápidas, isso dá uma ‘cara’ diferenciada no improviso.
É muito importante ser original, sair do clichê musical e experimentar coisas novas, isso ampliará sua visão melódica, lhe trazendo mais criatividade e ousadia
Há diversas maneiras de se improvisar, e você não precisa de maneira alguma estar sempre preso a uma escala, isso é muito primitivo, notas out-side, podem soar muito bem quando bem aplicadas.
Como exemplo disso podemos pegar um ritmo, variante do Jazz o Bebop, que é um rítmo extremamente rápido que geralmente não segue uma série harmônica tonal, o que dificulta muito para um improviso inside, então, costumam-se ignorar a escala e seguir uma linha melódica indefinida, muitas vezes se focando no cromátismo.
Improvisação Modal
É quando pensamos a melodia de acorde por acorde(modo), é um raciocínio mais detalhado e é interessante conheçer os intervalos e as notas no braço do instrumento, entendendo o resultado que determinada nota dará em relação a harmônia, essa linha de raciocínio lhe proporcionará um improviso mais centrado.
O improviso modal nos permite o improviso raciocinado nota por nota, o que facilita quando você quer improvisar out-side, caindo no universo dos modos gregos.
Geralmente é mais aplicado ao Jazz e a Bossa Nova, por possuir linhas harmônicas, sem um tom definido
Improvisação Tonal
É o improviso sem toda essa preocupação com a harmônia que temos no raciocínio modal, você pensa na tonalidade da música, pega a escala desse tom e improvisa, o que é bem interessante também, pois isso deixa seu improviso mais espontêneo, e você pode se concentrar mais na sua linha melódica, não se preocupando tanto, em termos de acorde, com o que está rolando na harmônia.
Ambos são interessantes (tonal e modal), e vai do guitarrista escolher o que mais se adequa as suas necessidades, enquanto o improviso modal é mais centrado e refinado, o improviso tonal é mais criativo e espontâneo.
Escalas
É muito comum quando se pensa em improviso pensar logo na escala, a maioria dos guitarristas pensam assim...e acabam sempre sendo 100% fiéis as escalas, o que é importante mas não é tudo, acima de qualquer coisa está sua musicalidade, e sua criatividade e o que você tem a dizer dentro de um improviso, e creio que seja essa a real idéia do improviso, ser musical, ser ousado e ser criativo, o que realmente ultrapassa os âmbitos de escalas e tonalidades.
Os shapes das escalas são muito bons e é uma ferramenta útil para um bom improviso, mas podemos ir mais além disso, pensando nas notas, nos intervalos, analisando o que tal nota vai influenciar na harmônia, qual vai será o efeito ocasionado por uma nota outside.
Costumo, usar com grande frequência, obedeçendo uma escola ‘jazzista’ o cromátismo, principalmente em frases rápidas quando é necessário um grande número de notas. O efeito das notas out-side será miníno pela velocidade da progressão fazendo valer a intenção de muita nota e pouco efeito melódico.
Estilos Musicais
Se você não estudar Blues, você nunca saberá improvisar um Blues isso serve para o Jazz, para o Rock, enfim para todos os estilos musicais, improviso é repertório de idéias, e ouvir e estudar diversos estilos, almenta muito sua musicalidade, proporciona um improviso mais rico e bem elaborado, sempre fui acostumado por influência dos meus pais e avós à ouvir bastante Jazz Música Clássica e MPB, então tenho facilidade em criar alguns temas nessas linhas, e até aproveitar tais temas em minhas composições, por isso nunca toça o nariz para nenhum tipo de música, ao menos que seja funk, sertanejo, pagode e afins...(Hahahahaha!!!)
Fechando esse nosso papo sobre improviso, o ponto principal será sempre sua musicalidade, e sua capacidade de criar uma boa melodia de maneira imediata, escalas, são muito importantes, mas o improviso não se restringe a isso.
Notas out-side em certos momentos são muito bem vindas, pensar qual nota usar em determinado acorde também é legal, o improviso não tem regras, tem possibilidades e cabe a você saber usá-las da melhor forma possível...
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